Curta Animação
Os melhores curtas de animação
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Caffeine
Caffeine é um curta animado de Danae Diaz e Patricia Luna. A música é de Brandt Brauer Frick, do álbum "You make me real".
A mensagem é clara, mas vou deixar pra vocês. Só digo uma coisa: eu que não tomo café às vezes sinto-me deslocado.
Para assistir o curta clique aqui.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Heartstrings (de Rhiannon Evans)
Heartstrings, 3:08, é um curta animado de Rhiannon Evans, 2009. Simbólico e adorável, é um stop-motion lindíssimo. E comovente.
"Falling in love only lasts as long as a piece of string."
Para assitir, clique aqui.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Frangin (de Geoffroy Moneyron)
Frangin, 2011, é um curta animado de Geoffroy Moneyron, estudante da
EMCA (Ecole des Métiers du Cinéma d´Animation). Conta a história de um
menino que vê seu irmão partir para a guerra e que depois passa a tentar
o contato com esse mesmo irmão através de mensagens que envia por seus
pombos-correios. Triste, deixa cada um de nós esperando uma palavra do
irmão destacado, impaciente, torcendo, pelo menino, pelo irmão, por um
final feliz...
Para assistir o curta acesse esse link.
Para assistir o curta acesse esse link.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Tempo-Bike (de Vida Vega)
Tempo-Bike (0:31) de Vida Vega (Film Club Productions) foi o vencedor deste ano na categoria "best 2D commercial" do British Animation Awards. Com edição de Paul Birch e Paul Quarry, tem ilustração de Bill Bragg, animação de Line Anderson e música de Grand Central.
Todo ele desenhado à mão, em papel dobrado, e acompanhado de uma música que parece nos embala, o comercial mostra um rapaz que vive distribuindo lenços de papel nas mais variadas ocasiões, até que um dia é ele mesmo quem necessita de um.
Uma ideia simples que resultou agradavelmente bela e "fofa".
Assista abaixo ao making of.
Vida Vega: “The whole team put so much love into every frame and carefully ironed tissue, it’s amazing to have it recognised. It makes all that spilled ink worth it!”
segunda-feira, 12 de março de 2012
Bout
Bout (4:55), do canadense Malcolm Sutherland, é um curta unusual, meio que diferente, não só pelo tipo de desenho, mas também pelo próprio som que nele é empregue. Começa com o suar de um sino, que nos impõe um misto de curiosidade e amargura, e parece preparar-nos os nervos para a luta que se segue entre dois seres (parecem praticantes de MMA ou de Wrestling) misteriosos, apoiados por uma plateia expectante e enérgica, vestida de uma idolatria e tensão enormes; tensão essa que vai aumentando no decorrer do embate entre duros golpes e braços arrancados e mais tarde pés e pedaços do corpo.
No final, como que tudo se desvanece e a luta dá lugar à vibração dos espectadores...
A película mostra, inequivocamente, esse nosso lado mais animal, sedento de briga e de sangue, o nosso lado conflituoso, sempre espreitando vencer pela força e a subjugação do adversário. Bout é acerca de nós, da nossa alienação da realidade, como se fôramos instrumentos, meras marionetas às quais uma entidade (divina, física ou até estatal) dá ordens de comando e desvia as atenções.
A luta é aquilo que querem para nós, a escolha que para nós fizeram, o enredo, o jogo em que nos envolvem...
segunda-feira, 5 de março de 2012
Nightclub
Nightclub (6:02) de Jonathan Hodgson é de 1983, quando da sua formação em cinema e televisão no RCA (Royal College of Art). Baseia-se em esboços dos clubes de Liverpool.
Como o próprio autor afirma, o filme "observa o comportamento humano em uma situação social, sugerindo a solidão sentida pelo indivíduo perdido na multidão". E o faz de forma, diria, quase que brilhante, num espaço cheio de cores, onde os homens e mulheres se misturam, ora se transformando em caricaturas, ora em animais mesmo, distorcidos, sedentos de companhia e prazer, envoltos numa toada meio que hipnótica. (amei a banda sonora)
Filmado em 16mm, dá-nos uma sensação de maior naturalidade e intimismo (como se visto diretamente por nossos olhos), as imagens se tremendo como que ganham uma vida extra... Mas uma vida que nos remete para essa condição de predadores, de seres que enquanto sós buscam uma presa, uma companhia, o toque e o diálogo.
"She freaked me out!"
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sexta-feira, 2 de março de 2012
Madame Tutli Putli
Depois de uns meses ausente (férias, né? Férias são férias.), volto aqui a este espaço, desta vez com uma das mais maravilhosas obras de stop-motion que alguma vez vi- Madame Tutli Putli. (Eu sei, eu digo sempre que é o melhor stop-motion que alguma vez vi. <riso>)
O curta (de 2007) foi produzido pela NFB (National Film Board Of Canada- que viu dois dos seus curtas nomeados para o Óscar deste ano, Dimanche e Wild Life) e teve como diretores Chris Lavis e Maciek Szczerbowski. Venceu vários prêmios, tais como o "best of the festival" no Melbourne Internacional Animation Festival, melhor filme de animação no Worlwide Short Film Festival de Toronto, foi nomeado para o Óscar de 2008 (perdeu para Pedro e o Lobo) e ainda foi incluído no Animation Show of The Shows, entre outras distinções.
O filme é todo ele (17 minutos) de extrema beleza e requinte. Os cenários meio cinzentos, meio mórbidos, dão um toque meio que introspetivo ao curta, onde a madame Tutli Putli (fazendo lembrar a querida Amélie Poulain) se deixa envolver e parece tomada, primeiro de estranheza e incômodo com os demais passageiros, depois de um horror quase sem sentido e inexplicável, que a leva no final a uma espécie de transformação.
Podendo discutir-se bastante a significação do curta (vi muitos comentários no youtube nesse sentido), eu opto pela ideia de que o que melhor se pode perceber na película é a ideia de transformação, mudança de lugares, de vida... Primeiro a vemos carregada de bagagem e depois assaltada por esse temor e estranheza muito próprios de viagens definitivas. Não, não considero que tal represente a morte, tampouco a existência daqueles outros passageiros. Considero a transformação, a mudança, o desapego do passado e o temor do que sucederá daí em diante o sentido pretendido pelos autores. Bem conseguido, em meu entender.
A personagem principal, madame Tutli Putli, é de tal forma expressiva que custa a acreditar tratar-se de uma boneca. O maior realismo, a que ninguém fica indiferente, é o do olhar da mesma. Tudo isso porque os diretores, com o objetivo de lhe darem uma maior expressividade, lhe sobrepõem durante toda a película olhos humanos, nos seus diferentes movimentos e nuances. Mas os gestos, todos os outros movimentos não estão pior produzidos.
Em suma, a animação é excelente e merece, sem dúvida, estar entre o "animation show of the shows".
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